Mohammed Abdel Wahab (1902 -
1991)
Cantor, ludista e compositor Egípcio, muito criticado na sua época pela utilização de influencias ocidentais, Mohammed é considerado um inovador dentro do estilo da música Árabe Clássica (introduziu, por exemplo, o ritmo waltz (valsa) em suas composições).
Atuou em vários filmes, compôs os hinos da Líbia, Tunísia e Emirados Árabes, além de famosas composições para seu grande amigo Abdel Halim Hafez, e para a diva Umm Kulthum. De suas composições que são grandes conhecidas das bailarinas, estão Enta Omri, Zeina, Nebtidi el Hikaya e Msafer Wahdak.
Abdel
Halim Hafez (1929
- 1977)
Ícone da música Egípcia, e considerado o primeiro cantor romântico do Egito,
está entre os mais populares cantores e intérpretes Árabes. Além de cantor,
era também ator, produtor de cinema, professor de música, homem de negócios e
maestro.
Foi extremamente pobre na infância e cresceu em orfanatos ao lado dos irmaos,
nunca se casou, realizava caridade e trabalhos voluntários diversos, e
apesar do estilo de vida simples que levava, transitava entre as elites
intelectuais, de artistas e políticos do mundo Árabe.
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Durante sua carreira, foi aclamado com diversos titulos: "O rei
da música Árabe", "O filho da Revolução", "A
voz do povo", títulos esses trazidos à tona recentemente, quando
muitas de suas músicas de cunho patriótico foram cantadas durante a Revolução
de 2011 no Egito.
Dentre muitos de seus trabalhos, os que são facilmente reconhecidos por nós da dança, estão Zay el Hawa, Sawha e Mawood.
Dentre muitos de seus trabalhos, os que são facilmente reconhecidos por nós da dança, estão Zay el Hawa, Sawha e Mawood.
Umm
Kulthum (1898 - 1975)
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Apesar da figura de mulher independente, em constante contato com
compositores, músicos e poetas (em ambientes majoritariamente masculinos, e
assim não muito bem vistos para uma mulher) manteve um estilo de vida discreto
e longe da vida boemia.
A consolidação de sua carreira se deveu, não somente devido ao seu talento excepcional, como também pelos grandes concertos públicos que realizava (o que possibilitou a transição da música clássica elitizada para sua versão mais popular), a transmissão ao vivo de seus concertos pelo rádio, a introdução de instrumentos ocidentais em algumas composições (como o violoncelo) e o grande prestígio adquirido entre artistas, políticos e nomes influentes de todo o mundo.
Sua última apresentação foi em Dezembro de 1972. Nos 3 anos seguintes, ela lutou contra uma séria doença no fígado, e veio a falcer de um ataque cardíaco no Cairo em 1975.
A consolidação de sua carreira se deveu, não somente devido ao seu talento excepcional, como também pelos grandes concertos públicos que realizava (o que possibilitou a transição da música clássica elitizada para sua versão mais popular), a transmissão ao vivo de seus concertos pelo rádio, a introdução de instrumentos ocidentais em algumas composições (como o violoncelo) e o grande prestígio adquirido entre artistas, políticos e nomes influentes de todo o mundo.
Sua última apresentação foi em Dezembro de 1972. Nos 3 anos seguintes, ela lutou contra uma séria doença no fígado, e veio a falcer de um ataque cardíaco no Cairo em 1975.
Farid
al-Atrash (1910 - 1974)
"O Rei do
Alaúde"
Cantor, compositar, ator e instrumentista - tocava brilhantemente alaúde. De origem Síria, Farid chegou no Egito na infância, país onde teve uma carreira de sucesso por mais de 40 anos. De uma família onde muitos tinham envolvimento com a Arte (sua mãe e irmã eram cantoras, por exemplo), Farid ficou conhecido por suas músicas românticas, apesar de também ter composto músicas de cunho religioso e patriótico. Em suas apresentações, um dos pontos altos era o mawwal - improviso que acontece geralmente no início da música, quando o cantor prolonga o som das vogais para demonstrar virtuosismo, misturado a algumas frases poéticas. |
Esses momentos de improvisação chegavam até a 15 minutos de duração,
para delírio dos fãns.
Em muitas de suas aparições no cinema, contracenou com Samia Gamal, com quem teve um longo relacionamento, mas que, segundo rumores, terminou quando Farid disse que não poderia se casar com uma dançarina, pois não receberia apoio de sua família.
Fez composições para as grandes cantoras Warda e Sabah.
Faleceu em Beirute, no Líbano, depois de lutar por 30 anos contra problemas de coração.
Em muitas de suas aparições no cinema, contracenou com Samia Gamal, com quem teve um longo relacionamento, mas que, segundo rumores, terminou quando Farid disse que não poderia se casar com uma dançarina, pois não receberia apoio de sua família.
Fez composições para as grandes cantoras Warda e Sabah.
Faleceu em Beirute, no Líbano, depois de lutar por 30 anos contra problemas de coração.
Fairuz (1935: 78 anos)
Nohad Haddad, a Fairuz, é uma das mais respeitadas artistas vivas do mundo Árabe. Conhecida por cantar sobre as belezas, paz e liberdade de seu país, o Líbano! Se casou com o produtor de rádio Assi Rahbani, que foi quem descobriu seu talento.
Na década de 60, ela era uma cantora altamente respeitada e com a carreira estabelecida em seu país, graças também à parceria com seu marido que compunha suas músicas.
Juntos eles tiveram
uma carreira de sucesso por mais de 30 anos, na qual além dos grandes shows e
concertos, também construíram em parceria o chamado Teatro Musical Árabe - uma
mistura entre poesia, canto e diálogos inseridos num universo musical, que ia
desde o Folclore tradicional Libanês, até as orquestrações clássicas com
influências ocidentais.
Fairuz sempre fazia o papel principal, cantando e atuando ao lado de grandes atores do Líbano. Para nós, da Dança, esses musicais traziam grandes coreografias de grupos de Dabke (vide video acima).
Durante todo o tempo em que durou a Guerra Civil no Líbano (1975-1990), Fairuz continuou sua carreira no exterior e ganhando ainda mais admiração dos libaneses por suas músicas de cunho político e de dor perante os horrores da guerra.
Fairuz sempre fazia o papel principal, cantando e atuando ao lado de grandes atores do Líbano. Para nós, da Dança, esses musicais traziam grandes coreografias de grupos de Dabke (vide video acima).
Durante todo o tempo em que durou a Guerra Civil no Líbano (1975-1990), Fairuz continuou sua carreira no exterior e ganhando ainda mais admiração dos libaneses por suas músicas de cunho político e de dor perante os horrores da guerra.
Warda
Al-Jazairia (1939 - 2012)
Nascida na França, filha de mãe Libanesa e pai Argelino, a tradução literal
de seu nome é Warda a Argelina. Começou a cantar aos 11 anos de idade,
porém foi proibida, por seu marido, de continuar cantando assim que se
casaram em 1962.
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O casamento durou até a comemoração da independência da Argélia em 1972,
quando Warda foi convidada para cantar junto a orquestra do Cairo.
Com o fim do casamento, ela se mudou para o Egito e passou a se dedicar integralmente à sua carreira, trabalhando em parceria com grandes compositores. Para nós da Dança, comumente associamos a voz de Warda com canções com Batwaness Beek, Akdheb Aleik e Esmaooni.
Faleceu em 2012 no Cairo, devido a problemas de coração, aos 72 anos.
Com o fim do casamento, ela se mudou para o Egito e passou a se dedicar integralmente à sua carreira, trabalhando em parceria com grandes compositores. Para nós da Dança, comumente associamos a voz de Warda com canções com Batwaness Beek, Akdheb Aleik e Esmaooni.
Faleceu em 2012 no Cairo, devido a problemas de coração, aos 72 anos.
Grande nomes como a contora Libanesa Sabah, o incrível
cantor Sírio Sabah Fakhri, o cantor Libanês Melhen Barakat
ou o "King of Tarab", o cantor Sírio Nour Mehanna, ficaram de
fora dessa minha breve análise, mas todos também com grande importância no
cenário do Repertório Clássico da música Árabe, e de suma relevância no nosso
processo de aprendizado.
De coração, espero que esses dois posts (Partes I e II) possam
ter inspirado alunas mas, principalmente, professoras a buscar as referências
mais antigas da música Árabe que utilizamos dentro da Dança do Ventre, e
assim se apaixonar ou (re)apaixonar por esse universo.
E para fechar com chave de ouro, deixo aqui um link do Nour Mehanna, o "Rei do Tarab", para o total deleite de nossos sentidos.
Tony
Mouzayek
Pioneiro da música árabe no Brasil, influenciou o crescimento da dança do ventre, difundindo sua música que ficou conhecida em todo o Brasil. Sem dúvida, foi uma revolução na história da música árabe em nosso país. Batalhador constante, lançou seu 1º CD árabe com seu irmão George Mouzayek, atualmente um dos maiores derbakistas do mundo. Diante da escassez de músicas árabes no Brasil, lançou vários CDs e sua coleção “Belly Dance Oriente” já está no volume 54, o que pode ser considerado a evolução natural dos anseios de Tony. Com tanto sucesso, e mais de 500 mil CDs vendidos. Tony está sempre acompanhado pelo Conjunto Mouzayek formado por músicos da família Mouzayek. Em virtude de seu sucesso no Brasil, ficou conhecido internacionalmente, fazendo shows no exterior como em: Nova Iorque, Los Angeles, Egito, Buenos Aires, Uruguai, Panamá, Costa do Marfim, Venezuela, Paraguai entre outros lugares. Com 30 anos de carreira, Tony é um descobridor de talentos, lançou várias bailarinas, que graças a ele tornaram-se conhecidas em todo o Brasil. Dono da obra e produtor das fitas de vídeo de Soraia Zaied e Fátima Fontes. Conhecido em todo o país pelo talento, simplicidade, humildade e também grande empreendedor, é proprietário da Casa Árabe, uma loja tradicional com mais de 40 anos. Esse espaço é voltado para a venda de seus produtos, instrumentos musicais, roupas para dança do ventre, tudo relacionado à cultura árabe, recebendo gente do país inteiro. Em 2002, esteve em Boston, contratado pelo grande bailarino Ahmad para participar de 3 eventos com o renomado músico Omar Faruk, o qual foi um grande sucesso. Em 2003, foi convidado para participar de um grande evento realizado anualmente em Miami, patrocinado por Jawhara, com a presença de Hayat El Helwa. Em parceria com a Escola Luxor, criou o Congresso Internacional Luxor – Tony Mouzayek de Dança do Ventre no Brasil, trazendo grandes nomes da dança para nosso país. Diante dessa longa e brilhante carreira de sucessos, concluí-se que a música é a grande paixão na vida de Tony Mouzayek, considerado hoje, uma das maiores celebridades do mundo árabe.
Hossam
Ramzy Mestre e Compositor
BIOGRAFIA Ramzy nasceu no seio de uma família abastada Cairo. Ele começou a tocar o darbuka e tabla em uma idade precoce. Ele se mudou para a Arábia Saudita por um tempo e aprendeu estilos musicais tradicionais beduínos. Na década de 1970 ele se mudou para Londres e começou a brincar com o saxofonista Andy Sheppard. Suas colaborações com músicos de jazz lhe rendeu o apelido de "The Sultan of Swing". Em 1989, ele trabalhou com Peter Gabriel na trilha sonora de Martin Scorsese A Última Tentação de Cristo. Isso levou-o para a atenção de artistas tais como Frank Asher e os Gipsy Kings. Em 1994, ele voltou às suas raízes e formou uma equipe egípcia dez peça que realizou no álbum No Quarter: Jimmy Page e Robert Plant Unledded. Ramzy e seu grupo também ganhou exposição em turnê com Plant and página ao longo de 1995 em apoio do seu álbum. No ano seguinte, Ramzy lançou a primeira das três colaborações com Inglês arranjador Phil Thornton, Eternal Egypt. O sucesso da mistura de Eternal Egypt da música árabe solicitado o acompanhamento álbuns Immortal Egito e Enchanted Egito. Em 1998, ele se apresentou com Rachid Taha, Khaled e Faudel no show 1,2,3 Soleils e apoiado Khaled novamente para o Claude Challe álbum Flying Carpet. Em 2000, Jay-Z se provar sua versão de "Khosara" para "Big Pimpin '". Depois de 2000 Ramzy cada vez mais começou a trabalhar a música organizando para estrelas da música pop. Em 2005, ele organizou algumas músicas para o álbum de Ricky Martin Vida e ele trabalhou com Shakira em seu álbum She Wolf. Ele também contribuiu com duas músicas para a trilha sonora do filme Prince of Persia e um para a trilha sonora de Conan The Barbarian. Seu mais recente álbum intitulado Rock the Tabla lançado em 30 de agosto de 2011. Ele apresenta compositor indiano AR Rahman, Omar Faruk Tekbilek, Manu Katché e Billy Cobham.Ele fez uma aparição no filme de 1993 Son of the Pink Panther. AwardsEdit 1999 New Age Award de Melhor Voz Música Contemporânea Mundial para Immortal Egito DiscographyEdit Selecionado 1989 - Paixão (Peter Gabriel) 1994 - No Quarter 1994 - O melhor de Farid Al Atrash (ARC Music) 1994 - O melhor de Abdul Halim Hafiz (ARC Music) 1994 - Baladi Plus (ARC Music) 1994 - Sultaan (ARC Music) 1995 - Fonte de Fogo (ARC Music) 1996 - Modern Egyptian Belly Dance 1996 - Eternal Egypt 1997 - O melhor de Hossam Ramzy 1998 - Messias Atende Progenitor 1998 - Rhythms of the Nile (ARC Music) 1998 - Immortal Egito 2000 - Amar 2000 - Sabla Tolo - Journeys em Percussão egípcio Pure (ARC Music) 2002 - Faddah (ARC Music) 2002 - Qanun El Tarab (ARC Music) 2003 - Flamenco Arabe (ARC Music) 2003 - Hossam Ramzy Presents egípcio Sufi Sheikh Mohamed Al Helbawy (ARC Music) 2004 - Enchanted Egito 2007 - beduíno Dança Tribal (ARC Music) 2007 - Secrets of the Eye (ARC Music) 2007 - Sabla Tolo II (ARC Music) 2008 - Sabla Tolo III (ARC Music) 2009 - Ruby (ARC Music) 2011 - Rock the Tabla (ARC Music) Atualmente, |
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