segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Estudo dos Ritmos

OS RITMOS

Através de uma combinação de suas combinações, o derbakista ou “tabla”, como são conhecidos estes músicos no Egito, montam seus ritmos e marcações, montando assim seus solos de derbake.

O solo de derbake é composto de ritmos e marcações. Extremos altos e baixos no aspecto velocidade e sonoridade.Estrutura Derbake É no solo de derbake que a bailarina e o músico entram em “confronto”, onde ambos se desafiam para assim formarem uma bela apresentação.


O derbake também é considerado um dos instrumentos principais dos conjuntos árabes. Como fornece uma base ritmica, tem por função dar a estrutura para toda a música.  As variações de possíveis brincadeiras do músico dão as nuances na melodia. 

PERSONALIDADE E ESTILO


Conhecer uma grande variedade de ritmos é condição essencial para um bom derbakista, pois o mesmo precisa estar apto para tocar o ritmo que for pedido, seja ele na música com banda ao vivo, ou em solo de derbake. O mesmo serve para a bailarina, pois a mesma necessita estar em constante harmonia com o músico e com a música, mesmo que não seja um solo de derbake.

Também é importante o conhecimento dessa grande variedade de ritmos para o derbakista e a bailarina conseguirem criar o seu próprio estilo de tocar e dançar respectivamente, para assim encantarem a todos com algo novo e muito bonito de se assistir.

A Importânicia dos dois sons que o Tabla produz


DUM  é o som mais grave do Tabla. Marca o primeiro tempo do seu compasso. Dum é marcado por movimentos ascendentes;

TAKS  é o som mais agudo do Tabla. Com acentos descendentes.


Estudo dos Rítmos

1º Ritmo: Wahda Kabira / Wahda Tawila

Wahda significa um ou úmico em árabe. E primeiramente utilizado com canções que tem letra, num estilo lento que ainda assim, se mantém firme e rico. Apesar de sua escrita musical ser similar a versão do Malfuf, eles se diferem radicalmente em estilo e sentimento. Um único DUM no ínicio deste ritmo logo no primeiro tempo.Ele tem tonalidade delicada e é muito utilizada nas estrofes e versos das condiçoes  de amar. Pode ser usado para dar maior ênfase as palavras ou apenas para intensificar a dramacidade
DUM ESC TAK ESC TAK

4/4 tempos

2º Ritmo: Wahda Saghira / Tchifetetelli

Eles são muitos parecidos. No Iraque eles o chamam Wahda Saghira ou Khashaba.
Se você vai para turquia vai ser chamado de Tchifetetelli.
No Egito eles podem chamar de wahda Tawile.

DUM TAK TAK TAK TAK DUM DUM TAK

8/4 tempos

3º Ritmo: Maksoum

É provavelmente o mais reconhecido de todos os ritmos da música árabe. Primeiramente usado em folclore e música popular. Maksoum significa em árabe dividido. Em termos de velocidade é uma ritmo médio, mas pode ser usado de forma muito veloz. Seu caráter vivaz é encontrado em muitas formas de música. É um ritmo para dançar por execelência.

DUM TAK DUM TAK

4/4 Tempos

4ª Ritmo:  Baladi

É um dos ritmos mais executados no Egito e no Líbano, assim como o Said. Possui marcações fortes e retoma a cultura popular, as origens familiares e o significado da terra natal. A própira palavra baladi, traduzida, significa “minha terra”. Desta forma, também representa aquilo que é simples, comum, do dia a dia. Também é conhecido como beledi ou balady.
Composição
Assim como o Said, possui compasso 4/4. Derivado do Maksoum, que tem um DUM a menos na chamada forma anotada ou cifrada. Isso por que é comum que o Maksoum também seja executado com dois DUMs. Assim, a frase fica desta forma:


DUM DUM TAKATA DUM TAKATA
4/4 Tempos

5º Ritmo: Tawil

Típico árabe que significa “largo”, pois é lento e esticado. Em seu vídeo instrutivo, Mário Kirlis comenta que as pessoas muito altas são chamadas de “tawilas”. O ritmo Tawil é muito semelhante ao Malfuf ou Laff. Como você deve saber, Malfuf é aquele ritmo cujo significado é “enrolado” (lembre-se também que o Melea Laff é a dança do lenço enrolado). A semelhança acontece porque o Tawil possui acentos exatamente nos mesmos locais que no Malfuf. Veja como isso acontece.
A frase musical do Tawil é DUM TAKA TAKA TAK TAKA TAKA TAK TAK.

Repare que os acentos ficam no DUM e no TAK. A forma acima está em 4/4, mas também pode ser escrita em 8/4, deixando a versão mais lenta ainda.
Já a composição do Malfuf é muito simples, trata-se de um 2/4. A frase musical é curta, assim:

DUM TA

6º Ritmo: Masmoudi Saghir

Masmoudi Saghir é primeiramente  usado em música folclórica e popular. Esse ritmo é como uma versão rápida do masmoudi Kabir. Também costuma ser chamado de Baladi.
Saghir em árabe significa pequeno ou pouco.

DUM DUM TAKATA DUM TAKATA
4/4 tempos

7º Ritmo: Masmoudi Kabir

É outro ritmo ouvido commuita constância. Kabir significa grande em árabe.
Podemos dividir o ritmo em 2 partes de 4 pulsos, onde a primeira parte tem 2 DUMS. É muito comum encontrarmos a variação  onde na primeira parte o percussionista utiliza 3 DUMS. É um ritmo utilizado muitas vezes em concordâcia com Maksoum, sendo que ele é usado nas partes mais lentas e melódicas.

DUM DUM TAKATA DUM TAKATA TAKATA
8/4 tempos

8º Ritmo: Fallahi

É o mesmo ritmo que o Maksum mas duas vezes mais rápido. Fellah significa camponês ou fazendeiro em árabe. Muitas vezes vemos a ocorrência deste rítmo junto com saidi, onde  a parte mais lenta utiliza saidi e a mais rápida usa o Fallahi.

DUM TAKATA TAKATA DUM TAKATA
2/4 tempos

Ritmo: Saidi

Um ritmo proveniente do alto Egito área conhecida como El Said.
Muito fácil de reconhecer pois há dois fortes DUMS no meio do ritmo. Por vezes, podemos encontrar o mesmo ritmo com o primeiro DUM totalmente escondido. Existe muita liberdade na forma de tocar, e cada percussionista acaba criando versões específicas mas sempre deveríamos poder reconhecer  a estrutura principal do rítmo. Este rítmo é comum nas canções que vem desta parte do Egito, e também nas canções de Fallahi. Geralmente neste caso o saidi é usado na parte mais lenta  da canção enquanto o rítmo Fallahi  vem nos momentos mais velozes. É interessante notar que a música Shaabi nos últimos anos tem utilizado muitíssimo este rítmo no lugar tradicional Maksoum. Nestes casos é muito impostante conhecer de fat o a canção para poder interpretar de acordo com a letra e o estilo apropriado.

DUM TAKATA DUM DUM TAKATA
4/4 tempos

10º Rítmo: Malfuf

Ritmo binário muito comum  nas composições para dança. Presente tanto no folclore quanto nas rotinas clássicas. Pressupõe deslocamentos e favorece o desenvolvimento da agilidade da bailarina. Sempre presente, também para entradas de cena e fechamentos de músicas clássicas.

DUM TAKATA DUM TAKATA
2/4 tempos

11º Ritmo: Soumboti

Esta palavra  pode designar um certo tipo de tabla. Sumbati é uma tabla um pouco mais larga que a tabla comum, e menor em diâmetro que o instrumento chamado Dalhola que seria o tabla de maior diâmetro. Na verdade em uma banda você pode encontrar diversos percussionistas e estes podem eventualmente utilizar diferente diâmetros de tblas., que oferecem variações interessantes em termos de sonoridade. O maior tabla de todos é chamado de dalholae o anterior a ele é o Sumbali. Soumbati enquanto rítmo é outro dos r´tmos que podemos informalmente chamar de pertencentes a famila Baladi e é na verdade uma variação bem siples do maksum. É um rítmo quaternário com fortes DUMS e claros TAKS para os acentos. É muito popular até mesmo em trilhas sonoras. Serve muitas vezes com rítmo de base para trocas de humo ou momentos musicais.

DUM TAKATA TAKATA ESC DUM TAKATA TAKATA
4/4 tempos

12º Ritmo: Karachi

Um rítmo muito comum no Egito e também no norte da áfrica, acaba sendo um pouco estranho para nós, pois diferente de todos os outros rítmos ele começa com um TAK, no lugar do DUM. Usado em partes rápidas mais também moderadamentedependendo da disposição do percussionista. Geralmente ele é encontrado em músicas em sua versão mais rápida e em músicas  modernas egípcias, sua presença é observada com frequência. Tem o mesmo padrão  ritmico de um Malfuf com compensação diferente para o DUM. O Karachi pode ser combinado com o Malfuf por dois percussionistas diferentes para uma boa mistura.

TÁK TAK TAK DUM / TÁK TAK TAK DUM ….
2/4 tempos

13ª Ritmo: Ayoub ou Soudi

 Ayoub é usado em música sufi e em folclore. Também é chamado de Zar por seu uso em cerimônias que recebem de fato é ayoub, e em algumas conotações musicais podemos encontrar o mesmo nome de Bayu. Também aparece bastante em entradas e encerramentos. Pode servir como ponte para mudança de humor dentro de uma peça musical.

DUM TAK DUM TAK
2/4 tempos

14º Ritmo: Bayou

Ritmo similar ao Ayoub possuindo um compasso binário. A estrutura é a mesma 2/4, tem o mesmo padrão de tempo do ayoubmas com um DUM duplo e é normalmente tocado de forma mais lente.
DUM – DUM DUM – TAK
Ou
DUM ESC  DUM DUM TAK
2/4 tempos

15º Ritmo: Fox

É um rítmo de compasso binário que possui apenas duas batidas, de origem africana, não possui virada de velocidade rápida que pode ser variada de acordo com os objetivos. Pode ser um rítmo rápido  e de poucas batidas, geralmente é utilizada nas entradas e no fim de músicas clássicas ou simplesmente como intr[odução. Parecido com uma marcha. O vox ou Fox foi bastante utilizado nas composições do compositor Mohamed Abdel Wahad. Acredita – se que este rítmo tenha sido inspirado na música moderna egípcia . O rítmo Fox é conhecido por ser uma marcha. Não é um rítmo árabe, mais sim uma variação do FOXTROT que começou  a ser usado por compositores egípcios. É um rítmo 2/4 que pode ser tocado seco ou sem interrupção. Seco ele aparece como DUM TA.

DUM TAKA…DUMTAKA
1/2 tempos

16º Ritmo: Konga

O rítmo quaternário de origem africana. Konga (conga Masri) é mais conhecido na América do Sul. É envolvente e costuma aparecer para dar um teor mais forte e marcante na música árabe. É um rítmo 4/4 com dois DUMS e dois TAS. Sua forma mais pura aparece assim:

DUM TAK DUM TA –
(- indica o silêncio do terceiro tempo)
DUM TAK ESC ESC DUM TAK
4/4 tempos

17º Ritmo: Bambi

A tradução do nome deste ritmo é incerta. De origem egípcia, mas com fortes influências norte-africanas, Bambi pode signficar desde “cor de rosa”, até chamada. Ao analisar mais profundamente sua estrutura, nota-se que a primeira tradução se refere à alegria que o ritmo sugere quando tocado, ao mesmo tempo em que costuma aparecer no início de músicas como uma chamada para o que está por vir.
É um ritmo moderno que ajuda na improvisação da bailarina. Lembram do Wahda, variação simples do Wahda wa noz? DUM  DUM TAKA DUM. Pois é, o Bambi possui estrutura semelhante podendo até ser confundido.
É um ritmo 4/4 que possui três DUMS pausados logo no início, seguidos por dois pares de TAKA e finalizado por um TA. Ele fica assim:

DUM DUM DUM TAKA TAKA TA.
4/4 Tempos

18º Ritmo: Zaff

Significa algo como procissão. É também o nome de um rítmo egípcio muito utilizado em músicas de cerimônias de casamento para acompanhar o cortejo, também chamado Zaffa, em que os noivos são seguidos por uma espécie de procissão.O rítmo é utilizado no Egito e em outras regiões no norte da África. A principal característica do Zaff é uma pausa feita sempre no final da frase musical. Isso faz com que a cadência lembra a de uma marcha. Este r´tmo 8/4. Sua forma grafada é simples, mais permite  fazer  uma série de variações.

DUM TAK TAK TAK DUM ESC TAK ESC
8/4 tempos

19º Ritmo: Jerk 

É muito difícil encontrar a origem do rítmo Jerk, também conhecido como Sherk. É muito comum encontrar o jerk em músicas modernas, mais nada impede que agente o escute em algumas músicas populares. Costuma também ser tocadas em solo de derbaque com o r´tmo puro ou floreado, o que pode modificar a velocidade dele para permanecer um rítmo 4/4.

DUM TAK DUM DUM TAK
4/4 tempos

20º Ritmo: Samai

Não se sabe ao certo se o Samai é da Turquia ou do Egito. Sua origem não importa tanto, mas sim o que ele significa em árabe Samai é escutar. O Samai costuma aparecer em músicas clássicas egípcias e nas músicas sufi turcas. Sua delicadeza deixa a música mais rica e encantadora. É um rítmo lento, mas muito complexo. Este é um rítmo com composição 10/8, dividido em três partes. A primeira e a terceira tem 3 tempos enquanto que a segunda possui 4.
DUM TAK TAK TA TAK DUM DUM TA
DUM TAK TAK TAK – TAK TAK DUM TA DUM – TAK TAK
10/8 tempos

21ª Ritmo: Rumba Masri

Ritmo ou bolero. Este ritmo pode ser confundido com bolero. Assim o bolero costuma aparecer nos Taksins. É um ritmo que pode ser tanto lento quanto rápido, por isso exige que a bailarina saiba reconhecer o  que está ouvindo. Você pode encontrá – lo em músicas clássicas, em solos  de derbaque na hora da transição entre ritmos e também nas músicas com toques latinos.
DUM DUM TAK TAK
2/4 tempos

22º Ritmo Wahda Wa Noz

Também é chamado de Wahda We Noss. Sgnifica UM E MEIO. Este rítmo originou-se na Líbia e lembra o caminhar de um camelo. Recebeu este nome porque tem uma marcação forte no início. No meio das batidas, é possível acrescentar floreios. Quando tocado, lembra o andar sinuoso do camelo e é geralmente relacionado á dança da serpente, por causa dos movimentos sinuosos que pede. Alguns musicos dizem que o Wahda Wa Noz egípcio corresponde ao Chiftetelli Turco e Grego, mas com certa variação.

DUM TAK TAK DUM DUM TA
8/4 tempos

23º Ritmo: Vals

É um Rítmo cuja a origem pode ser da Grécia ou Turquia. O vals parece uma valsa ocidental e costuma aparecer em músicas clássicas e modernas. Sua principal caraxcterística é a contagem de tempo em número ímpar. É um rítmo ¾ que tem apenas um DUM inicial puro.
DUM TA TA

DUM TAK TAK
3/4 tempos


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